sexta-feira, 11 de novembro de 2011

IMPRESSIONANTE

Estou postando uma apresentação criada para a primeira aula de reposição na escola que leciono.

Trata-se de uma mensagem que encontrei na "rede" e fiz algumas adaptações. Quem já conhece a apresentação vai perceber as alterações que fiz.

Espero que tenham sido para melhor
Para baixar click no link abaixo:

domingo, 23 de outubro de 2011

Alemanha - Inicio do século 20

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim — ateu confesso — desafiou seus alunos com esta pergunta: “Deus criou tudo o que existe?”

Um aluno respondeu valentemente: “Sim, Ele criou.”

Perguntou novamente o professor: “Deus criou tudo?”

“Sim senhor”, respondeu o jovem.

O professor continuou: “Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?”

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.

Outro estudante levantou a mão e disse: “Posso fazer uma pergunta, professor?”

“Lógico.” Foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou: “Professor, o frio existe?”

“Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”

O rapaz respondeu: “De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor”

Após uma pequena pausa, o aluno retornou: “E, existe a escuridão?”

O professor respondeu: “Existe.”

O estudante interveio: “Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente”

O professor mostrava-se visivelmente indignado pela manifestação abusiva do jovem. Mas não encontrou palavras para rebatê-lo

Finalmente, o jovem perguntou ao professor: “Senhor, o mal existe?”

O professor respondeu: “Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.”

E o estudante interpôs-se: “O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”

Sem ter como repudiar o discurso do jovem aluno, o professor só conseguiu perguntar-lhe o nome. Ao qual o jovem, muito humildemente, respondeu: Meu nome é Einstein, Albert Einstein, senhor!”

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MANDA QUEM PODE


Em uma empresa de usinagem havia entre os trabalhadores um homem de meia idade com pouco mais de quinze anos de firma, sempre na mesma função de torneiro mecânico. Acontece que o gerente se aposentou e o homem viu nisso sua chance de promoção, uma vez que era, com certeza, o mais antigo funcionário da empresa. Contudo, para seu desapontamento, quem seu patrão escolheu foi um jovem que não tinha sequer seis meses de casa.

Durante uma semana ele amargou a escolha do patrão, até que não mais se segurou e foi em busca de seus direitos. Seu patrão, como sempre, foi muito atencioso:

“O que é que manda, seu Manoel?”

“Pois é, seu Onofre. Eu estou aqui para uma conversa meio chata...” – o homem tentava a melhor maneira de transmitir sua terrível reclamação. “É sobre o cargo de gerente... eu acho que... o senhor sabe...”

Sagaz como era de se esperar, o empresário percebeu o que o empregado queria e foi logo o interrompendo:

“Seu Manoel, espera só um instante. Antes que o senhor continue. Foi até bom o senhor vir aqui. Estou pensando em dar além do almoço já costumeiro, uma fruta de sobremesa para o pessoal. O que o senhor acha?”

“Eu acho a idéia muito boa, seu Onofre.”

“Pois é. Então. O senhor pode me fazer um favor e ir até o mercadinho da esquina e ver se tem algumas laranjas e quanto sai o preço?”

“Agora mesmo, seu Onofre.”

E lá se foi o bom homem.

Voltou dez minutos depois com a informação pedida. Não gostou de encontrar ali o (para ele antipático) novo gerente. O rapaz o cumprimentou, sem receber de volta a cortesia. Saiu em seguida.

O senhor Onofre pediu que o empregado se sentasse e recebeu deste a informação de que havia sim, laranjas no mercado e pelo preço de um real a dúzia. O patrão disse um “ótimo” e voltou ao assunto principal, o que havia levado o bom Manoel ali, de início.

Manoel falou o que havia de falar: que ele era o mais antigo na empresa, que era o mais dedicado, sem faltas, sem atrasos, muitas férias vendidas; o trabalho em si, era o melhor, pois tinha o menor índice de refugo, graças, claro, à sua longa experiência e dedicação. Sempre muito paciente, o senhor Onofre não o interrompeu ora alguma para contradizê-lo, porque não havia o que contradizer no que o homem falava.

Bons minutos mais tarde, Manoel finalizou o que havia para fazer com um ousado: “pois é, seu Onofre. É por isso que eu achei que o cargo de gerente...”

Não terminou de falar, pois alguém batia à porta e pedia entrada. Era o “inoportuno” novo gerente.

O jovem foi logo arrancando da sua prancheta uma folha de papel e estendendo ao chefe:

“Seu Onofre, aqui está o que me pediu. As laranjas são de boa qualidade e em quantidade suficiente para nos atender. Tomei a liberdade de cotar também o preço de bananas, pois nem todos nossos funcionários podem gostar de laranjas. Pela quantidade que precisamos consegui um desconto de trinta porcentos. Se for confirmado a compra, o senhor Aguinaldo, do mercado se comprometeu a mandar somente frutas de qualidade e fazer a entrega aqui. Ele aceita pagamento por cheque e, se precisar, pode esperar alguns dias para o depósito em alterar o preço. Eu anotei o telefone para confirmarmos o pedido!”

A princípio o inconformado Manoel não entendeu porque seu patrão mandara que o tal gerente fizesse a mesma coisa que ele havia feito, porém, enquanto o jovem ia relacionando tudo que havia feito de adicional ao simples pedido do patrão, o torneiro mecânico foi compreendendo o real motivo da escolha.

Moral da história: o sol nasce para todos, porém, a sombra é para quem pode e não para quem quer.

Retificação: desejar não é poder, mas o querer com fé, tudo pode.

Tirada sobre o querer (da natureza humana): já vi rato virar morcego, cobra virar jacaré eu nunca vi.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

AMIZADE

Se por um instante Deus esquecesse de que somos uma marionete e nos presenteasse com um pouco mais de vida, possivelmente não diríamos tudo que pensamos, mas definitivamente, pensaríamos em tudo que dissemos.

Por tanto, pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, nos perguntamos se os momentos de história que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos.

Trabalhamos muito, isso é fato, mas será que também rimos muito? Ou melhor, será que pelo menos rimos das mesmas coisas ao menos uma vez? E podemos dizer que se Deus nos concedesse mais um pouco de vida juntos, “morreríamos” de tanto rir de coisas banais por simples prazer de rir juntos?

Neste momento palavras perdem o sentido diante das mais simples indagações: será que eu fui amigo o suficiente para merecer um sorriso sincero e despertar saudades dos que ficam? Ou fui somente o colega de trabalho oportunista, que buscou auxílio quando precisava e nunca estava presente quando de mim precisavam?

Sempre há um amanhã e a vida nos dá sempre mais uma oportunidade para concertarmos nossos erros. Assim, peço a Deus que não permita que eu fira hoje, a mão de quem precisarei amanhã para me tirar do abismo. Peço a Deus que se algum dia eu te fazer chorar, que seja de saudades, após minha partida, ou de alegria, pelo nosso reencontro.

Não peço somente de você a retribuição pela minha amizade; peço também, quem sabe, um pouco de ingratidão, pois é com ela que vou provar a mim mesmo que sei ser cristão o suficiente para perdoar você, qualquer que seja seu erro.



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O CACHORRO E A BICICLETA

Vamos imaginar que em uma cidade do interior de Minas Gerais, houve uma acirrada disputa para a direção de uma escola e que uma das chapas ganhou pela vantagem "esmagadora" de aproximadamente 75%.
Imaginemos também que a chapa perdedora não se contenha com a decisão da comunidade escolar e queira vencer pela "marra" tentando artifícios judiciais (nem sempre legais). Inventando argumentos para se impor, contra a vontade da comunidade. E imaginemos que motivo haveria para tanta "necessidade" de se colocar na direção dessa escola, a qualquer custo, sob qualquer meio.

Agora vamos imaginar um desses cachorrinhos de rua, que vive correndo atrás das bicicletas, tentando morder o pneu traseiro. Se ela para, ele se perde, não sabe o que fazer. Se ela continua, ele corre a esmo, pois mesmo sabendo que a bicicleta é veloz demais para ele, o infeliz não se atem a realidade e continua a correr, feito bobo. Até se cansar.
Pois é, vamos esperar que esse cachorrinho se canse de correr atrás da bicicleta e acorde para a sua realidade.
Houve um sábio chinês (Kon fu-Tse) que disse:
"Mesmo que os cães ladrem, as nuvens jamais se detêm."


quinta-feira, 23 de junho de 2011

A DESTRUIÇÃO DO ENSINO PÚBLICO


Recentemente ouvi o comentário: A educação brasileira é burra!” Parece radical, mas tem suas justificativas. Como primeiro exemplo lembro a taxa de ingresso reservada aos negros nas faculdades públicas. Ora, eu interpreto essa lei como uma mensagem sublimar onde ser negro é sinônimo de ser menos capaz intelectualmente. MENTIRA PRECONCEITUOSA. Existem muitos negros mais capazes intelectualmente que muitos brancos. Comparemos Pelé (negro) e Maradona (branco), qual deles você considera mais inteligente. São dois gênios no futebol, contudo, foi Pelé quem se tornou rei e manteve sua coroa. Para mim, inteligência é se fazer respeitado pela unanimidade.

Logicamente, não é a educação brasileira que carece de inteligência, mas quem rege as leis educacionais. Prova disso é a recente proposta do Conselho Nacional de Educação — CNE — que, se posta em prática, oficializa a bagunça no ensino médio do país. Os pobres serão definitivamente condenados à ignorância; na prática, vai se instituir um sistema de castas na educação. A quem pode pagar, ensino médio privado e de alta performance e, por conseqüência, os cursos superiores mais concorridos e as melhores universidades… públicas! A quem não pode, ensino público de quinta categoria no antigo segundo grau, faculdades privadas que não se distinguem de balcões de negócios, financiadas pelo ProUni.

Trata-se de uma proposta contra os pobres. As escolas privadas de ensino médio de alta performance, que avaliam o desempenho dos professores e que vivem de resultado, tenderão a usar a “liberdade” para tornar seus cursos ainda mais competitivos, preparando seus estudantes para os cursos mais concorridos das universidades públicas. Já as escolas públicas do que antes se chamava “segundo grau”, corroídas pelo sindicalismo casca-grossa, que preferem ensinar “cidadania” (seja lá o que isso signifique) a matemática, física ou química, vão se entregar ao proselitismo rasgado. Os currículos passarão a ser definidos pelos sindicatos.

Tudo bem! Dado o andamento do ensino universitário no país, o desastre não será nem sequer percebido. Há muitos mecanismos para mascarar a desigualdade educacional no país que diz ter a educação como prioridade. Começa com o sistema de cotas e se estende ao ProUni, hoje um gigantesco sistema de repasse de dinheiro público para mantenedoras privadas. A esmagadora maioria das vagas destinadas aos pobres é composta dos cursos que requerem apenas cuspe e giz — às vezes, nem isso. O que o CNE está propondo é a radicalização desse sistema.

A proposta desce a detalhes perversos. Permite, por exemplo, que 20% das aulas do ensino médio noturno — 40% dos alunos — sejam, como se diz hoje em dia, “não-presenciais”, e o curso poderá durar mais de três anos. Pois é… Brasil afora, dada a desordem no setor, os alunos já fazem curso a distância porque não há professores.

Se querem a humilde opinião de um capiau, vamos misturar tudo e dividir da seguinte forma: 60% das vagas nas faculdade federais destinada aos alunos provenientes de ensino público (como fingem fazer com o ENEM). Mas, claro, isso vai de encontro aos maiores interessados na qualidade das UF’s, que são os usuários do ensino pago.

sábado, 11 de junho de 2011

APOCALIPSE

Do céu descem as fúrias mostrando as faces cansadas da vida
Levando almas largadas na terra, trazendo o beijo do trovão
E o riso de mim!

Do mar surgem as fúrias calando o canto tristes das sereias
Gritando o clamor imperioso das ondas, trazendo a carícia do tubarão
E o riso de mim!

Do chão brotam as fúrias anunciando uma guerra em fim
Chorando em vozes de lamento, trazendo a suavidade do fogo
E o riso de mim!

No ar paira a fúria que se oculta na premonição
Que se liberta em clarão de trevas, trazendo um abraço de solidão
E eu rio dela!



ADAPTAÇÃO

Às vezes, me faço poeta, e me torno a você:
Minha musa predileta.

Caminho, então, pelo alfabeto inteiro
Para lhe buscar as letras mais harmoniosas.

Por uma e outra, continuo meu caminho,
para voltar, quem sabe, num outro
Em vestes de pássaro, ou em trote de cavalo.

Qualquer que seja a forma, é deleitada à sua imagem.
Mesmo que não lhe represente nada.
Mesmo que me custe tudo.

Serei, embalde, sempre poeta, e você será sempre musa.
Serei, se preciso, um cavalo em galopes aos versos.
Ou serei um pássaro sobrevoando outros versos.

E, assim, serei eterno ao seu amor, ao seu encanto.
Porque sei ser poeta e viajo, quando posso
Pelas formas mágicas de um alfabeto.

domingo, 1 de maio de 2011

NÓS DOIS (Celso Adolfo)

E nós que nem sabemos quanto nos queremos
Que nem sabemos tudo que queremos
Como é difícil o desejo de amar
Você que nunca soube quanto eu quis
Que não me coube, não me viu raiz
Nascendo, crescendo nos terrenos seus
Eu na janela, olhando a lua
Perguntando à lua: onde você foi amar?
E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós, laçados em dois nós
Um que é meu beijo e outro é o lábio seu
Não sei sair cantando sem contar você
Que eu sei cantar, mas conto com você
Que eu vou seguir, mas vou seguir você
Queria que assim sabendo se a gente se quer
Queria me rimar no seu colo mulher
Vencer a vida de onde ela vier
Ganhar seu chegar no chegar meu
Dar de mim o homem que é seu.

sábado, 30 de abril de 2011

CANÇÃO

Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar,
depois abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas

O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo meu sonho dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito: praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas

CECÍLIA MEIRELES

DESENREDO


Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo
A morte tece seu o fio de vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto; o olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo nas tramas do teu desejo

O mundo todo marcado a ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo, a morte é o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto; o olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco nas tranças do teu desejo

Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe

A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando, a vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito; o olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego eu me enrosco nas cordas do teu cabelo.

Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe...

Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro