sexta-feira, 26 de agosto de 2011

AMIZADE

Se por um instante Deus esquecesse de que somos uma marionete e nos presenteasse com um pouco mais de vida, possivelmente não diríamos tudo que pensamos, mas definitivamente, pensaríamos em tudo que dissemos.

Por tanto, pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, nos perguntamos se os momentos de história que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos.

Trabalhamos muito, isso é fato, mas será que também rimos muito? Ou melhor, será que pelo menos rimos das mesmas coisas ao menos uma vez? E podemos dizer que se Deus nos concedesse mais um pouco de vida juntos, “morreríamos” de tanto rir de coisas banais por simples prazer de rir juntos?

Neste momento palavras perdem o sentido diante das mais simples indagações: será que eu fui amigo o suficiente para merecer um sorriso sincero e despertar saudades dos que ficam? Ou fui somente o colega de trabalho oportunista, que buscou auxílio quando precisava e nunca estava presente quando de mim precisavam?

Sempre há um amanhã e a vida nos dá sempre mais uma oportunidade para concertarmos nossos erros. Assim, peço a Deus que não permita que eu fira hoje, a mão de quem precisarei amanhã para me tirar do abismo. Peço a Deus que se algum dia eu te fazer chorar, que seja de saudades, após minha partida, ou de alegria, pelo nosso reencontro.

Não peço somente de você a retribuição pela minha amizade; peço também, quem sabe, um pouco de ingratidão, pois é com ela que vou provar a mim mesmo que sei ser cristão o suficiente para perdoar você, qualquer que seja seu erro.



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O CACHORRO E A BICICLETA

Vamos imaginar que em uma cidade do interior de Minas Gerais, houve uma acirrada disputa para a direção de uma escola e que uma das chapas ganhou pela vantagem "esmagadora" de aproximadamente 75%.
Imaginemos também que a chapa perdedora não se contenha com a decisão da comunidade escolar e queira vencer pela "marra" tentando artifícios judiciais (nem sempre legais). Inventando argumentos para se impor, contra a vontade da comunidade. E imaginemos que motivo haveria para tanta "necessidade" de se colocar na direção dessa escola, a qualquer custo, sob qualquer meio.

Agora vamos imaginar um desses cachorrinhos de rua, que vive correndo atrás das bicicletas, tentando morder o pneu traseiro. Se ela para, ele se perde, não sabe o que fazer. Se ela continua, ele corre a esmo, pois mesmo sabendo que a bicicleta é veloz demais para ele, o infeliz não se atem a realidade e continua a correr, feito bobo. Até se cansar.
Pois é, vamos esperar que esse cachorrinho se canse de correr atrás da bicicleta e acorde para a sua realidade.
Houve um sábio chinês (Kon fu-Tse) que disse:
"Mesmo que os cães ladrem, as nuvens jamais se detêm."