sábado, 11 de junho de 2011

ADAPTAÇÃO

Às vezes, me faço poeta, e me torno a você:
Minha musa predileta.

Caminho, então, pelo alfabeto inteiro
Para lhe buscar as letras mais harmoniosas.

Por uma e outra, continuo meu caminho,
para voltar, quem sabe, num outro
Em vestes de pássaro, ou em trote de cavalo.

Qualquer que seja a forma, é deleitada à sua imagem.
Mesmo que não lhe represente nada.
Mesmo que me custe tudo.

Serei, embalde, sempre poeta, e você será sempre musa.
Serei, se preciso, um cavalo em galopes aos versos.
Ou serei um pássaro sobrevoando outros versos.

E, assim, serei eterno ao seu amor, ao seu encanto.
Porque sei ser poeta e viajo, quando posso
Pelas formas mágicas de um alfabeto.

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